ÁGUA
COM QUALIDADE DE ACORDO COM A PORTARIA 518
DO
MINISTÉRIO
DA SAÚDE DE 25 DE
MARÇO
DE 2004
O DEMAE – Departamento Municipal de Água
e Esgoto de Campo Belo, atuando a 40 anos em saneamento
tem buscado levar cada vez mais aos seus usuários,
um serviço que atenda de forma integral às
exigências do Ministério da Saúde
no contexto de abastecimento público de água.
Entendemos que saneamento é o conjunto de
medidas, visando preservar ou modificar as condições
do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças
e assim promover a saúde. A água
própria para o consumo humano chama-se água
potável e para ser considerada como tal
ela deve obedecer aos padrões de potabilidade
estabelecidos pelo Ministério da Saúde,
em sua Portaria 518 de 25 de Março de 2004.
Se a água tem nela substâncias dissolvidas
que modificam estes padrões é considerada
poluída e portanto imprópria para
o consumo. As substâncias que indicam poluição
por matéria orgânica são: compostos
nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos.
ORIGEM DA ÁGUA QUE ABASTECE A CIDADE
A água distribuída em nossa
cidade vem parte de mananciais superficiais
e parte subterrâneos. O Córrego
do Bugre é o principal provedor
superficial do sistema. Em épocas
de estiagem a ETA recebe o complemento
do Córrego Parreira para manter
a demanda normal de abastecimento. Nosso
sistema ainda conta com os mananciais subterrâneos
que são os Poços Tubulares
Profundos que somam hoje 09 em atividade
completando o abastecimento do município.
Para que a água que chega desses
mananciais superficiais esteja própria
para o consumo é necessário
tratamento adequado que nesse caso é feito
na ETA.
MONITORAMENTO DE CONTROLE DA QUALIDADE
DA ÁGUA TRATADA
A ETA possui um laboratório onde
a aplicação dos produtos é monitorada
através de análises periódicas
em intervalos de 2 horas entre uma análise
e outra.
Com a finalidade de avaliar a qualidade
da água quanto ao aspecto bacteriológico,
são realizadas coletas na saída
do tratamento, nos reservatórios
e na rede de distribuição.
As amostras são coletadas com freqüência
e quantidade definidas pela Portaria 518
e encaminhadas para laboratório
terceirizado.
Quanto aos parâmetros físico-químicos,
são feitas amostragens semestrais
na saída do tratamento e nos Poços
Tubulares Profundos em épocas de
chuvas e de estiagem para análise
dos parâmetros da Portaria 518. Ainda
na saída do tratamento e nos reservatórios
são feitas análises trimestrais
para o controle de Trihalometanos Totais.
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA
BRUTA
As atividades humanas geram impactos na
qualidade da água dos mananciais
que traz vários riscos à saúde.
Além de substâncias químicas
temos a preocupação com o
aumento da ocorrência de florações
de certos tipos de microorganismos como
as Cianobactérias produtoras de
toxinas capazes de causar graves danos
a saúde humana e de outros organismos
aquáticos.
Além das medidas de controle de
qualidade da Água Tratada temos
rigorosa vigilância da qualidade
da Água Bruta visando avaliar a
compatibilidade entre as características
da água e o tipo de tratamento existente
em conformidade com a portaria 518 no seu
artigo 19. A análise é feita
com freqüência semestral para
os parâmetros da Resolução
357 do CONAMA ( Tabela Classe II – Água
Doce ) que estabelece condições
e padrões de qualidade da água
bruta em função do seu uso.
Mensalmente é colhida uma amostra
no ponto de captação para
análise de Coliformes Termotolerantes
adotando-se a presença de Escheríchia
Coli como representante do grupo.
O monitoramento de Cianobactérias
previsto no §1º. do artigo 19
da Portaria 518 é feito mensalmente
no ponto de captação para
maior segurança e controle de proliferação
não só de Cianobactérias
mas também de outros grupos de algas.
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS
MONITORADOS A CADA DUAS HORAS NA ETA
Cloro
residual: O Cloro é um produto químico
usado para desinfecção da água
filtrada e evitar a contaminação
da água durante seu percurso até o
consumidor. Mantemos um residual máximo
de 2mg/l na saída do tratamento e mínimo
de 0,5mg/l na rede de distribuição.
Fluoreto: O Flúor auxilia na prevenção
da cárie dentária e formação óssea
em crianças. A concentração
adequada do íon fluoreto na água
resulta em proteção do esmalte dos
dentes, porém seu excesso traz graves malefícios.
O valor ideal de Flúor na água depende
da temperatura média anual da localidade.
No caso de nosso município uma concentração ótima
segundo à legislação específica
do Flúor deve ser mínima de 0,6mg/l
e máxima 0,8mg/l.
PH: O potencial de Hidrogênio é utilizado
para controlar a agressividade da água que
provoca corrosão nas tubulações
e superfícies de contato estando ácida
e incrustações estando alcalina.
O ideal é manter o pH neutro (próximo
de 7) que não gera gosto e não agride
as estruturas de contato.
Cor: A cor resulta de substâncias dissolvidas
na água que é acentuada quando há presença
de matéria orgânica e minerais como
ferro e manganês, o que gera incrustações
na canalização. Para resolver este
problema utilizamos o Ortopolifosfato de Sódio
na água após a filtração
que é um complexante de metais.
Turbidez: A turbidez é devida à existência
de partículas dispersas na água podendo
deixá-la com aparência turva. Este
parâmetro além de ser um indicador
de qualidade da água tratada é também
referência na dosagem de coagulantes no tratamento
da água bruta.
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ORGÂNICAS
E INORGÂNICAS, AGROTÓXICOS E SUBPRODUTOS
DA DESINFECÇÃO
Além dos parâmetros físico-químicos
e bacteriológicos de freqüência
periódica, é exigência do Ministério
da Saúde que se faça o controle das
substâncias químicas de caráter
orgânico, inorgânico, agrotóxicos,
radiatividade e os subprodutos do desinfetante
usado no tratamento. Esse controle é feito
de acordo com as tabelas 1 à 9 da portaria
518/MS, considerando o tipo de manancial ( superficial
ou subterrâneo) usado para o abastecimento.
Essas análises são feitas por laboratório
terceirizado, pois trata-se de métodos bem
mais complexos para os quais ainda não dispomos
de laboratório adequadamente equipado.
PARÂMETROS BACTERIOLÓGICOS
A freqüência e quantidade de amostragem desses parâmetros é estabelecida
de acordo com a população abastecida com o objetivo de indicar
as características sanitárias da água. A presença
de certos tipos de microorganismos pode indicar contaminação
pela presença de patogênicos ou por excesso de matéria
orgânica na água.
Coliformes Totais: é um parâmetro
utilizado como indicador de contaminação
por microorganismos de origem animal, do solo ou
de plantas. Por isso serve apenas para avaliar
a eficiência e detectar falhas no processo
de tratamento da água. Utilizamos este parâmetro
para o controle sanitário da água
tratada e distribuída.
Coliformes Termotolerantes: como sugere a
própria Portaria 518/MS, dentro desse grupo
Adotamos preferencialmente a análise da
presença da Escheríchia Coli. A origem
fecal da E. Coli é inquestionável
e é por isso, o indicador mais seguro de
contaminação por microorganismos
de origem animal que podem ser patogênicos.
Adotamos esse parâmetro para o controle a
agentes patógenos que possam contaminar
a água nos Poços Tubulares Profundos
e na rede de distribuição. Esse parâmetro
também tem sido observado para enquadramento
da água bruta de acordo com a classificação
disposta na Resolução Nº. 357
do CONAMA.
Bactérias Heterotróficas: é também
um indicador de contaminação externa
ao sistema no decorrer da reserva até a
distribuição da água. É feita
em 20% de nossas amostras mensais conforme
o inciso 7º do artigo 11 da Portaria 518
do Ministério
da Saúde.
Os resultados das análises físico-químicas
e os bacteriológicos ficam disponíveis
nos arquivos do escritório sede
do DEMAE para consulta do consumidor, autoridades
da vigilância sanitária ou
qualquer órgão fiscalizador.